Serra, FHC e Kassab criticam motivação eleitoral de confronto entre polícias de SP
Ao lado do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o governador José Serra (PSDB) reafirmou nesta sexta-feira que o confronto de ontem entre policiais civis e militares teve motivação política . O governador acusou o presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT), de ter planejado o protesto.
Nesta quinta-feira, uma manifestação de policiais civis --que estão em greve desde o dia 16 de setembro-- em frente ao Palácio dos Bandeirantes, terminou em violência. A polícia militar impediu os manifestantes de se aproximarem da sede do governo e reprimiram o protesto com gás e bombas de efeito moral.
da Folha Online
O governador José Serra (PSDB) acusou diretamente o PT e o PDT de serem os responsáveis pela manifestação de policiais civis na tarde desta quinta-feira, que terminou com um confronto com a Polícia Militar nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes --sede do governo do Estado. Os grevistas rebateram as declarações do governador.
"Não tenho dúvida nenhuma que tem uma participação ativa da CUT [Central Única dos Trabalhadores], que é ligada ao PT, e da Força Sindical, ligada ao PDT. Na verdade procurou-se politizar essa movimentação tanto é que líder do PT "botando fogo' em função do momento político eleitoral. A manifestação de hoje reuniu em torno de mil pessoas. A Polícia Civil tem 35 mil efetivos. Algumas dessas pessoas não são da polícia. São ativistas sindicais, que não sabemos dizer o número, mas com certeza estavam lá presentes", disse o governador durante entrevista concedida no Palácio dos Bandeirantes.
O secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira Filho, também atribuiu o protesto às centrais sindicais. "Quem deu a infra estrutura para a manifestação de hoje foi a Força Sindical. Quem deu a infra-estrutura até agora foi a CUT".