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27.5.08

e lula no golpe de recriar a CPMF ,sem vergonha

Ainda sem definir como pretende recriar a CPMF sem alterar a Constituição, a base governista
foi acusada ontem por líderes da bancada ligada à saúde de pretender protelar a votação do
projeto que eleva as verbas para o setor.

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), marcou a sessão para votar o projeto
que regulamenta a emenda 29 para amanhã à noite, depois da sessão que começa às 16h,
destinada a votar um outro projeto polêmico: a PEC (proposta de emenda constitucional) que
muda o rito de tramitação das medidas provisórias.

Representantes da bancada da saúde rejeitam a nova contribuição com alíquota de 0,1% proposta pelos governistas. Eles acreditam, no entanto, que, caso saiam derrotados com relação
à nova CPMF, o texto, que teria que obrigatoriamente retornar ao Senado, voltaria à
redação original.

"É uma sensibilidade de elefante e vocação de coveiro. É um acinte contra a sociedade brasileira", disse o vice-presidente da frente, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).

Em reunião marcada para hoje com a presença do ministro José Gomes Temporão (Saúde) e
de líderes governistas, o governo quer fechar como será apresentada a proposta de nova contribuição. "Não sei se a redação [do novo imposto] vai ser junta ou separada [ao projeto que regulamenta a emenda 29], só sei que temos que votar as duas coisas em concomitância", afirmou o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS).

o outro lado dos benefícios sociais do governo lula

Prêmio Nobel critica benefícios sociais

o Economista Edmund Phelps faz ressalva sobre Bolsa Família, que seria "grande passo na direção certa"


O economista Edmund Phelps, ganhador do prêmio Nobel do setor em 2006 e professor da Universidade Columbia (EUA), disse ontem que o governo deve evitar o excesso na concessão
de benefícios de bem-estar social em um cenário de necessidade de uso dos recursos púbicos para infra-estrutura e suporte aos negócios.

Em palestra no Fórum Nacional, organizado pelo ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso na
sede do BNDES no Rio, Phelps fez a ressalva, no entanto, que não inclui o Bolsa Família na categoria de benefício criticada. "É um programa estrutural para criar potencial de grande dinamismo econômico, que requer educação do público em geral.

Na avaliação do economista, os benefícios de bem-estar social não são uma conspiração da esquerda para explorar os ricos porque estes raramente se preocupam com aumentos
modestos nas taxas.

Para Phelps, eles são mais próximos de uma conspiração da direita para comprar a solidariedade da classe média. "Na luta entre Hillary Clinton, que faz campanha pelo bem-estar social, e Barack Obama, cuja campanha foca no trabalho e no desenvolvimento, sei perfeitamente de que lado estou", disse.

Phelps afirmou que o Brasil deve aproveitar o período de grandes oportunidades com a alta
nos preços de commodities para tornar sua economia sólida, dinâmica e próspera.

"Espero que a economia brasileira evolua para uma maior participação de inovação e dinamismo econômico e para que não seja tão dependente de preços de produtos primários, que às vezes sobem, mas às vezes caem", disse. Sobre a crise americana, afirmou que talvez as coisas não estejam mais "críticas". "Neste sentido a crise acabou, mas ainda há alguns ferimentos a curar", disse.