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ação na justiça contra pronunciamento de lula

DEM, PSDB e PPS vão questionar o pronunciamento de Lula em cadeia nacional sobre o Dia do Trabalho. Para os três partidos, o presidente fez uma defesa pública da candidatura de Dilma Rousseff (PT) ao Palácio do Planalto.
Na ocasião, Lula declarou que o povo é "maduro", "sabe escolher", e, por isso, vai continuar a conduzir o Brasil "no rumo certo".

A área jurídica da campanha de Serra acertou um rodízio com DEM e PPS para dar sequência à série de representações na Justiça Eleitoral a cada evento protagonizado pela dupla Lula-Dilma.
O sistema deve entrar em vigor na próxima semana. 

amigos de lula FARC-MST-GUERRILHA EPP transformam paraguai em campo de batalha

o grupo supostamente político ou é cooptado pela criminalidade ou eliminado. Nenhum bando criminoso gosta de confusão na sua área provocada por terceiros porque força o governo a atuar com mais vigor, atrapalhando os negócios.
O caso das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) é o mais ilustrativo: nasceu sob o impulso do castrismo, em uma era em que a revolução socialista seduzia os jovens e, mais ainda, parecia factível. Nos últimos muitos anos, virou um grupo narcoguerrilheiro.
Acontece que, quando os governos apertam tais grupos, como o fez o presidente colombiano Álvaro Uribe, tem sido inescapável o, digamos, vazamento das atividades criminosas para países vizinhos e, às vezes, não tão vizinhos.
Os cartéis mexicanos, hoje os maiores símbolos do narcoterrorismo, encorparam depois que emagreceram os cartéis colombianos. E, quando o presidente Felipe Calderón pôs o Exército no combate a eles, ao tomar posse há três anos, parte de suas atividades delinquenciais vazou para a América Central.
Não é por acaso que recente levantamento da consultoria FTI apontou México e três países centro-americanos (El Salvador, Honduras e Guatemala) como aqueles em que mais cresceram, neste ano, os problemas de segurança (a lista inclui também Venezuela e Haiti).

A esses inevitáveis vazamentos, deve-se acrescentar o fato de que o narcotráfico, além do contrabando e do tráfico de armas, é o mais transnacional dos negócios, o que torna inevitável uma coordenação no mínimo regional se se quiser de fato enfrentar o crime organizado.

Hugo Chávez,  acusado pelo general Douglas Fraser, chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, de dar apoio financeiro às Farc.

Organização de inspiração marxista-leninista treinou em Cuba e na Colômbia e tem laços com Venezuela, segundo militar paraguaio 

mst brasileiro incentivou expulsão de brasiguaios

GUSTAVO HENNEMANN
ENVIADO ESPECIAL A PEDRO
JUAN CABALLERO (PARAGUAI)

Responsável pela decretação do estado de exceção vigente em parte do Paraguai há uma semana, o grupo guerrilheiro EPP (Exército do Povo Paraguaio) é formado por jovens de origem pobre e camponesa, mas que têm relações próximas com o governo da Venezuela, organizações cubanas e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), segundo um coronel do Exército paraguaio.
Durante a atual década, integrantes da cúpula do movimento armado viajaram a Cuba e à Colômbia para aprender a manejar armas sofisticadas e para absorver técnicas de sobrevivência na selva desenvolvidas pelas Farc, disse à Folha o coronel, que pediu para não ter o nome divulgado.
Os membros do EPP são filhos de pequenos agricultores do interior dos departamentos de San Pedro e Concepción, onde vivem disfarçados de sem-terra. Em assentamentos, se escondem das forças de segurança e recrutam novos membros. Ao menos dois integrantes foram seminaristas, mas nenhum deles tem ensino superior.
Os sequestros e atentados praticados pelos guerrilheiros são planejados em bases cravadas na selva, que contam com túneis para esconder documentos, armas e comida.
Ao menos um deles domina a confecção de explosivos artesanais, que foram utilizados em um atentado contra a sede do Poder Judiciário em Assunção e em outras ações contra a polícia paraguaia.
De cunho leninista-marxista, o grupo se diz defensor da reforma agrária e tem como principal alvo de sequestros os fazendeiros do norte do país. É com o dinheiro dos resgates que se mantém e adquire armamento pesado, como fuzis, metralhadoras e granadas.
A última vítima de sequestro foi o pecuarista Fidel Zavala, libertado em Concepción no dia 17 de janeiro depois de 94 dias em cativeiro. O resgate rendeu US$ 550 mil ao EPP.
Além do dinheiro, os rebeldes exigiram que a família do fazendeiro repartisse parte do rebanho de suas fazendas com indígenas da região enquanto ele estava preso.
Em 2008, o sequestro de outro pecuarista, Luis Lindstron, no departamento de San Pedro, resultou em US$ 300 mil para o grupo.
O único caso de sequestro malsucedido ocorreu em 2005, quando Cecilia Cubas, filha do ex-presidente Raúl Cubas (1998-1999), foi assassinada em cativeiro. Segundo militares, a família não quis pagar o valor pedido pelo EPP.
O estado de exceção, no entanto, foi decretado somente depois que um enfrentamento dos rebeldes contra as forças de segurança resultou na morte de um policial e outras três pessoas no último dia 21 na cidade de Horqueta -no departamento de Concepción, próximo às bases do grupo.

Lugo
Antes da medida, que teve a chancela do Congresso, o presidente Fernando Lugo vinha sendo acusado pela oposição de ser conivente com os rebeldes. O presidente não reprimia de forma adequada os crimes cometidos pelo EPP porque simpatizaria com alguns integrantes, segundo a oposição.
Antes de ser eleito, quando ainda era bispo da Igreja Católica, Lugo chegou a admitir a um jornal paraguaio que conhecia pessoalmente ao menos um dos líderes do EPP.
Pressionado, o presidente ordenou o início das operações militares para extinguir a guerrilha. Há três meses, o governo oferece recompensa de mais de US$ 100 mil para quem der informações que levem à prisão dos guerrilheiros. Painéis nas estradas e chamadas na TV estampam o retrato dos líderes procurados.
O governo quer evitar que o EPP siga o caminho das Farc e se associe com o tráfico de drogas para financiar suas ações.
Até o momento, não há evidências que os rebeldes trabalhem em conjunto com os narcotraficantes, que mantêm grandes áreas de produção e comércio de maconha na região de fronteira do Paraguai

dilma terrorista e mentirosa assumida cita número que até PF desconhece

MÁRCIO FALCÃO
FERNANDA ODILLA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para comparar as ações da Polícia Federal nos períodos de Lula e FHC, a pré-candidata petista Dilma Rousseff usou em pelo menos três entrevistas um número que nem a própria PF sabe como surgiu.
Ao tentar atestar a eficiência da PF no governo Lula de forma quantitativa, Dilma afirmou que foram feitas 1.012 operações especiais desde 2003, número que consta na página da PF na internet, contra 29 na gestão de Fernando Henrique.
A Folha questionou a PF sobre o número. A resposta da assessoria foi que não existe levantamento exato a respeito de anos anteriores a 2004 e, portanto, não teria como informar o número de operações referentes aos anos anteriores.
O mistério continuou quando a Folha questionou a assessoria de imprensa da pré-candidata sobre a origem da estatística citada nas entrevistas.
No primeiro contato, a informação foi que o dado havia sido obtido no governo. No dia seguinte, informalmente, assessores disseram que os números vieram de pesquisas em jornais, relatórios e internet. Por fim, a equipe da petista disse que consultaria o "pessoal de conteúdo". Três dias depois do primeiro contato, não houve resposta oficial.
A reportagem também procurou o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, que afirmou não ter os números porque a PF está subordinada ao Ministério da Justiça. Por sua vez, o ministério informou ser a PF a responsável pela contabilidade de operações.
A confusão aumenta se for comparado o número apresentado por Dilma ao que o próprio Lula citou em 2006, quando concedia entrevista a jornalistas europeus. Lula disse que "entre 2003 e 2006 a Polícia Federal fez mais de 300 operações contra o crime organizado e, nos oito anos anteriores, foram só 48" -diferença de 19 para as 29 citadas por Dilma.
Apesar de não haver contabilidade exata feita pela PF antes de 2004, na página da internet da polícia existem relatórios de atividades a partir de 2002.
Nesse documento de 2002, a Folha encontrou 62 operações identificadas como principais ou que ganharam nome da PF e que poderiam ser comparadas às 1.012 especiais citadas por Dilma no governo petista. De acordo com a própria PF, a partir de 2004 são contabilizadas como operações especiais as ações que ocorrem em mais de um Estado ou têm número significativo de mandados.
Nas entrevistas que concedeu, Dilma foi categórica. "Sabe qual é a diferença? Se você for olhar nos oito anos antes da gente, houve 29 operações especiais. No nosso governo, houve 1.012", disse ao apresentador José Luiz Datena, da TV Bandeirantes, em 21 de abril.
A declaração de Dilma provocou incômodo em integrantes do governo FHC. Ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior criticou. "Não estranho essa diferença nos números. Ela [Dilma] não tem outra declaração a não ser a de que o Brasil foi descoberto em 2003", disse.
"Atualmente, o número de operações é alto, mas grande parte dessas ações dá origem a processos nulos que são derrubados na Justiça", afirmou.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Delegados da PF, Joel Mazo, Lula foi mais atencioso com a corporação. "Só 29 [ações] eu acho baixo, mas tudo depende do critério que está sendo utilizado. Sem dúvida, o Lula apostou muito mais na PF e deu muito mais condições de trabalho", disse.

lula fazendo campanha eleitoral no 1º de maio, e usando dinheiro do contribuinte

Empresas dão R$ 2 mi para comemorações; presidente vai pela 1ª vez desde que assumiu

Técnicos do TSE dizem que a participação do presidente e da pré-candidata pode ser questionada como uso da máquina em pré-campanha 


Cinco estatais do governo Lula (Petrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BNDES e Eletrobras) desembolsaram R$ 2 milhões para bancar as festas do 1º de Maio, hoje em São Paulo, das principais centrais sindicais do país, a qual comparecerão o presidente e a pré-candidata, Dilma Rousseff (PT).
A título de patrocínio, as cinco autarquias do governo, do qual Dilma foi ministra até o final de março, destinaram verbas para os festejos de CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores), que farão um ato unificado com outras centrais menores.
A CUT, cujo evento receberá R$ 1 milhão, estampou em seu material de divulgação a logomarca do próprio governo federal: "Brasil, um país de todos".
A Força informou que também receberá R$ 1 milhão das mesmas autarquias, com exceção do BNDES, e que sua lista de patrocinadores inclui várias empresas de capital privado. O governo patrocina anualmente esses eventos, mas é a primeira vez, em oito anos de governo, que Lula comparecerá.
As duas centrais não quiseram detalhar quanto cada estatal se comprometeu a bancar. Procuradas, a Petrobras, a Caixa e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) divulgaram os valores (leia nesta pág.). A UGT captou R$ 100 mil da Petrobras.
Segundo técnicos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ouvidos pela Folha, a passagem de Lula e Dilma nos eventos poderá ser questionada na Justiça por uso da máquina pública em ato de pré-campanha.
Um dos argumentos que caracterizariam cunho eleitoral do evento da CUT, segundo os especialistas, é que foi anunciado o lançamento de um documento intitulado "Plataforma para as eleições de 2010".
O presidente já foi multado duas vezes, num total de R$ 15 mil, por campanha antecipada -só é permitida a partir de julho. Desde 10 de abril, quando discursou no ABC em ato de sindicatos, ele não aparece com Dilma. O PSDB entrou com representação no TSE contra esse evento. O relator é o ministro Henrique Neves, que ainda não se pronunciou.
Além de Lula e Dilma, integrarão a comitiva petista hoje os candidatos ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, e ao Senado, Marta Suplicy.
Historicamente ligada ao PT, a CUT afirma que gastou R$ 1 milhão com o Dia do Trabalho. Além das cinco estatais, disse ter recebido ajuda da Braskem, braço petroquímico da empreiteira Odebrecht. A central chegou a estampar no site do 1º de Maio a logomarca de mais uma estatal, a Infraero, responsável pela administração dos aeroportos do país. Questionada pela reportagem, a Infraero negou ter desembolsado verba para o evento. No mesmo dia, a CUT retirou o logotipo do site.
Vitaminada pelo PDT, sigla que integra o arco de alianças da chapa de Dilma, a Força disse que o custo de seu evento é de R$ 2,5 milhões. Além da ajuda do governo, captou a outra fatia dos recursos com Bradesco, Itaú , BMG, Bovespa, Casas Bahia, Brahma e Nestlé.


queda do superávit

Apesar de aumento na receita, o superavit (esforço do governo para pagar juros da dívida) do governo central sofreu redução de 14,7% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2009.
O saldo positivo de R$ 8,6 bilhões sofreu impacto das contas de março, com deficit de R$ 4,6 bilhões, o pior desempenho para o mês desde 1997.
De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, o deficit de março é atípico e foi pressionado pelo pagamento de precatórios e sentenças judiciais. Apesar disso, ele garante que o governo vai chegar à meta de superavit de R$ 18 bilhões no quadrimestre.
Segundo o Tesouro, as despesas com precatórios não devem pesar em resultados futuros porque a maior parte das despesas previstas para o ano foi paga em março -o governo optou por atrasar o pagamento dessas despesas de janeiro para março.