Ainda sem definir como pretende recriar a CPMF sem alterar a Constituição, a base governista
foi acusada ontem por líderes da bancada ligada à saúde de pretender protelar a votação do
projeto que eleva as verbas para o setor.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), marcou a sessão para votar o projeto
que regulamenta a emenda 29 para amanhã à noite, depois da sessão que começa às 16h,
destinada a votar um outro projeto polêmico: a PEC (proposta de emenda constitucional) que
muda o rito de tramitação das medidas provisórias.
Representantes da bancada da saúde rejeitam a nova contribuição com alíquota de 0,1% proposta pelos governistas. Eles acreditam, no entanto, que, caso saiam derrotados com relação
à nova CPMF, o texto, que teria que obrigatoriamente retornar ao Senado, voltaria à
redação original.
"É uma sensibilidade de elefante e vocação de coveiro. É um acinte contra a sociedade brasileira", disse o vice-presidente da frente, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).
Em reunião marcada para hoje com a presença do ministro José Gomes Temporão (Saúde) e
de líderes governistas, o governo quer fechar como será apresentada a proposta de nova contribuição. "Não sei se a redação [do novo imposto] vai ser junta ou separada [ao projeto que regulamenta a emenda 29], só sei que temos que votar as duas coisas em concomitância", afirmou o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS).
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