Dando início a uma série de pronunciamentos sobre o Programa de Aceleração do Crescimento, o vice-presidente do Senado, senador Alvaro Dias (PSDB/PR), disse ontem em plenário que o PAC, mais do que uma obra administrativa, é uma obra de marketing político do governo federal: ‘’É nosso dever fazer a análise crítica e tentar, no decorrer do debate, apresentar emendas que sugiram alterações em benefício do aprimoramento da proposta do governo.
O que há é o consenso entre os economistas de que, para crescer a taxas próximas de 5%, o Brasil precisa de muito mais do que das medidas anunciadas no PAC.
A melhoria dos indicadores macroeconômicos ocorrida nos últimos anos não assegura por si só um crescimento sustentável.”
E a primeira condição para o crescimento, de acordo com especialistas, é reduzir a taxa básica de juros, mas, vale lembrar que, 48 horas após o anúncio do PAC, o Banco Central reduziu em apenas 0,25% a Selic. ‘’Foi a primeira manifestação clara de que essa proposta do governo, a exemplo do que acontece com o orçamento, que é uma peça de ficção, se transformará também em uma nova peça de ficção na história da administração pública brasileira. Eu lamento dizer - não acredito na execução do PAC pelo governo Lula’’, disse Alvaro Dias.
Segundo o senador, o crescimento só virá com o aumento dos investimentos e citou como exemplo a China, que cresce em média 9,6% ao ano desde 1978, com taxa de investimento acima de 30% do PIB, superando os 40% desde 2004.
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