Empenhado em recompor a unidade do PSDB perdida durante a campanha eleitoral do ano passado, o senador Alvaro Dias defende um entendimento entre as alas do partido para evitar, a todo custo, uma nova disputa pelo comando do diretório estadual tucano no Estado. Alvaro disse que a nova direção deve ser eleita na convenção de setembro em comum acordo e que, por enquanto, não está postulando a presidência da sigla.
Desde o início do ano, Alvaro vem se reunindo com as principais lideranças do partido, entre elas o presidente do diretório estadual, Valdir Rossoni, o prefeito de Curitiba, Beto Richa, e o vice-presidente estadual, Hermas Brandão, entre outros, para conversar sobre o futuro dos tucanos no Estado. Os movimentos do senador estão sendo vistos como preparatórios para assumir o comando do partido e pavimentar sua candidatura ao governo em 2010.
Como não há discordância sobre a necessidade de o PSDB se preparar para a sucessão estadual desde já para 2010, o senador disse que não vê razão para estimular disputas internas, antecipando candidaturas ao governo ou ao partido. “Nós tivemos um impasse na campanha eleitoral que atordoou o partido. Temos que nos conceder uma anistia ampla e irrestrita, perdoando todos os pecados, para retomar uma vida partidária saudável”, disse.
Em primeiro lugar, o PSDB precisa se restabelecer nos municípios das divisões da campanha eleitoral de 2006, entre as candidaturas do governador Roberto Requião (PMDB) e do senador Osmar Dias (PDT), defendeu Alvaro. “O partido precisa pensar na disputa para a prefeitura. Hoje, ainda não estamos prontos. Temos que buscar lideranças e discutir nomes”, comentou.
Em Curitiba, Alvaro afirmou que não há o que discutir. Ele considera natural a candidatura do prefeito Beto Richa à reeleição. “Quando há um candidato à reeleição e bem situado na opinião pública, é consensual”, afirmou.
Já para o governo do Estado, Alvaro disse que todos aqueles que têm responsabilidades públicas não podem evitar eventuais convocações para concorrer. No caso dele, assegura que não irá apresentar sua candidatura se não reunir alguns requisitos básicos. “Não postulo se não estiver premiado pela preferência pública. Tem que ter esta condição básica plena”, destacou. No ano passado, o senador disse que detinha essa credencial para disputar, mas não usou devido à candidatura de Osmar.
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